sábado, 6 de fevereiro de 2010

Feia

Antes era como se eu mesma tivesse me apunhalando bem no peito. A dor? Suportável mas cruel, ardida... Quando tento lembrar a reprodução é de arrepio na espinha.

Quanto mais eu vivia mais dor sentia, e nada que eu pensasse fazia parar...As palavras entravando por ouvido a fora e iam rasgando o que achassem pelo caminho, desfazendo ilusões, mimos e benditos.

Eu agora já sei quando me da vontade de escrever...Não é por dom nem nada parecido, eu só quero ter alguém, alguma coisa, com a qual eu possa dizer o que quiser, sem pensar ou pensando muito, sem sentido ou sentindo muito. E não existirá resposta atravessada, e nem ego pra rebater, nem nada. São só algumas letras coladas na tela do seu computador.

Eu estava apenas afim de ouvir uma musica, um jazz gostoso, pra tentar lembrar de tudo Tim-tim por Tim-tim do que havia ocorrido no dia seguinte. Enquanto desembaraçava os nós no meu fone de ouvido, um cara, de bengala passou na minha frente e me disse:

_ Você é muito feia... é porque você é muito feia que você ta ai sozinha.

E saio com um suposto sorriso na cara.

Talvez eu seja mesmo muito feia, mas não reconhecendo que seja nada exterior, considero o tal homem de bengala um tradutor de sentimentos e/ou pensamentos...Alguém que leu a alma...

e eu deixei...

Um comentário:

Liz Gallo disse...

Silêncio...

Meu coração: Silêncio...

Eu já vi esse velhinho!


Vc me estapeia Stellar