quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Banda ENJOY

salubre eu sei porque











o que te passa? o que me vem? qualquer coisa não é nada. tudo tem que ter razão, lá no ermo da alma, eu sei que tem. ou não também... permita-se.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Pantomima - Introdução

Dia quatro de agosto de 2009, e eu ainda atendo pelo sincero nome, que me deram assim que despertei nesta esfera. Mas me chame como quiser, como se sentir mais a vontade...Neste momento isso é o que menos me interessa.

Tenho muitos traços do meu pai, como o formato do rosto e do nariz. Mas os olhos, estes sim, são de minha mãe, até o jeito que eles tem de olhar para as coisas, as pessoas, os bichos e todo o lixo da cidade.

Nunca precisei de irmãos, sempre me dei muito bem sozinha, eu e meus botões. Até que minha mãe tentou engravidar outra vez, depois de mim, mas corria risco, alguma coisa relacionada á pressão alta, sei lá, também nunca me interessei em saber.

Em casa, gostava muito de desenhar, assim que peguei a prática e ganhei novos lápis, comecei a pintar as paredes do meu quarto. Primeiro atrás da cama, para que ninguém visse. Arrastava ela todo dia pela manhã, adorava sentir aquela brisa geladinha, e os raios de sol, que já naquela hora da manhã eram fortes, e me aqueciam as idéias em quanto esboçava uma nova parte da pintura. Chegava a passar o dia inteiro, trancada no quarto, só saia para fazer xixi ou comer alguma coisa. Eram horas de profundo prazer e paz. Algo que me preenchia dos pés à cabeça, enquanto pintava, novas idéias iam brotando da minha cachola. E essa era a parte boa, uma coisa se ligava na outra, e pareciam conversar, dar risadas juntas, pareciam ter vida própria.

Minha parede estava ficando do jeitinho que eu sempre quis, linda. Quando ia dormir, acendia uma lâmpada bem de baixo do lugar que havia acabado de pintar, e caia em um sono gostoso, tendo sido aquelas imagens as ultimas a ver antes de sonhar...