quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Arrotando abóbrinhas

Tenho um sério problema no estômago, não é tudo que eu posso comer, algumas (muitas) coisas me fazem mal. Fiz á um tempo atrás um daqueles exames de endoscopia, e o resultado do foi ‘pH baixo’, ou alguma coisa que significa isso, não sei como se diz em termos técnicos. Isso na real quer dizer que, o meu estômago não digere as coisas corretamente, ta ai então a explicação de eu ficar arrotando o almoço do domingo por dois dias...

Mas além do que simplesmente meu estômago não executar essa função básica, eu não executo. Isso eu digo com praticamente tudo. Engulo tanta coisa sem querer, por egoísmo, por valores, e por ai a fora. E aquilo que vai me fazendo um mal por dentro, não da pra deixar pra lá, é uma coisa que incomoda totalmente a minha paz, fico pensando, pensando, e nada de passar o mal estar.

Ai quando as pessoas menos esperam, quando acham que aquilo tudo já acabou, já é passado, (pra mim claro, não é por ainda sinto aquilo dentro de mim) eu venho e arroto alguma coisa que lembre, ou até mesmo tenha o cheiro do que a tempos fui obrigada a colocar goela a baixo.

Eu vejo tanta coisa ao mesmo tempo, eu tento fazer tanta coisa ao mesmo tempo, que acabo por fim não vendo nem fazendo nada. Excesso, falta de moderação, sempre foram, e sempre serão parte da imperfeição. Nada que é de mais faz bem. E nesta era etnográfica, em que somos bombardeados por imagens, sons e tudo que gira em volta disso, não sabemos direito para que, ou quem, olhar primeiro.

Acho as vezes que sou tão bobinha, choro a toa, sem razão, derramo minha lágrima de crocodilo fundamentando ao meu favor, satisfazendo meu ego ou meu orgulho ou egoísmo próprio.

Preciso saber que as coisas não são, e não serão exatamente como eu gostaria que fossem. Não interessa. É assim, a nossa expectativa existe para nos ajudar a nos matar aos poucos.Você a final de contas, é o que é, ou é o que te colocaram a ser?

Esquerda;direita, Rosa;azul, Sombra;luz, Suco;cerveja, Bunda;peito ...

Quem nunca se sentiu assim, cego de tudo... O que o olho vê não pode ser o que não queremos que seja.Enxergar é relativamente vago.

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