sábado, 20 de agosto de 2011

Hoje não estou afim de escrever em versos, ou em qualquer outra tarja que inventaram para definir o modo como escrevo. Quero somente escrever...

Meus dias tem sido longos, não sabia o quanto era difícil ser uma mãe.Responsável por uma criatura, que sem você não sobreviveria mais que alguns dias...

Creio que tal fato me fez olhar as coisas de um outro modo, não mais aquele batido, desbotado, inocente que via a anos trás...

Muita coisa mudou, em mim e em volta de mim. Gostaria apenas de deixar isso claro, exposto, aberto a mim mesma. Quero lembrar de ler aqui o avanço na vida, na terra, no meu espírito.

Sei que embora eu queira dizer que TUDO tenha mudado, hoje me permito ainda, dizer que não. Aqui dentro, la no fundo permanece um sentimento, talvez o mesmo antigo sentimento, talvez um modificado, mas de qualquer forma, ele esta, ele pulsa, ele vive.

Não sei por quanto tempo. Sei que se vive ate hoje, não será amanha que ira morrer... Acho que aprendi a conviver com ele, conhecê-lo bem, apesar de achar que ele me conhece bem mais que eu.

Sei a hora e que ele chega... Mas não o motivo, me confundo em lembrança, ânsia de futuro, conformismo do presente.

A que horas o efeito “mulher” se manifesta por inteiro em mim? Essa transição tem me deixado tensa.

Se somos metamorfoses ambulantes, como dizia Raul, porque raios essa ambição de você não sai de mim?

Parece teimosia de criança, rebeldia de adolescente, cisma de velho.Tudo, menos a realidade.

Eu sei bem a distancia que isso tem da minha vida real. Não a distancia física, essa não... Mas a distancia emocional, a distancia de vibração, de vida mesmo.

No dia que conseguir sair desse ovo, conseguir deixar esse ninho de ilusão, de desilusão, posso saber que irei voar, tão alto que não poderá nunca mais me ver vagando pela atmosfera mórbida, densa, suja e quente.

Levantarei vôo logo em seguida, e em poucos minutos sumirei ao seu olho nu.

Ouvi minha mãe dizendo uma vez que para receber algo bom, precisamos nos preparar, como em uma casa, quando recebemos visitas agradáveis, arrumamos tudo, limpamos os cantos das paredes, tiramos o pó dos moveis e passamos um pano com algum produto cheiroso nos corredores... Assim como na casa, devemos fazer isso com nos mesmos, nos arrumar, nos preparar para a boa nova chegar...

E será isso que farei. Adeus, volto quando tiver mais noticias. Bj.

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