domingo, 22 de agosto de 2010

Mulher-bem-me-quer

Em fim, cá estou eu, uma mulher de 20 anos. Se é que posso dizer 'mulher' com tanta propriedade assim. Ta escrito no pai dos burros; Pessoa adulta do sexo feminino.Claro, feminina sim, mesmo que não tenha sido a vida toda, hoje eu sou. Agora, como ser adulta, mais que isso, uma mulher.
Acabar com aquela visão (minha e) das pessoas, de menininha... de garota frágil e inexperiente em assuntos do coração e em todos os outros, boba, com sonhos e mais sonhos, nada a longo prazo, ingênua, quase uma flor.

O sucesso imprevisto (por hora) de ser mãe, pode me levar ao caminho da desenvoltura humana, que é o amadurecimento geral, a passagem que deve ser mais dolorida pra qualquer um,
é quase um segundo desmame, mas (como sempre) muito necessário. Ser totalmente responsável não é fácil. Isso quando é por você mesma, por outra pessoinha é bem mais difícil. Eu sei...


O sexo, a coisa toda que cerca e alimenta uma relação, também não é coisa de criança, até por que, ele pode gerar uma outra. É como o meu avô diz: "se tivesse brincado com pau mole..." rsrs
Mas eu não me queixo, perdi minha virgindade aos 18 (que já não é tão comum nos dias de hoje) com a pessoa que eu QUERIA (também não é mais normal), então parece-me que dei cada passo na sua hora, sem 'meter os pés pelas mãos'. Alice agora, pertence ao passo do amadurecimento.


É... passar por todo o caminho que meus pais passaram, ouvindo eles aos lamentos por não poder voltar no tempo, me dá um pouco de medo de não estar aproveitando como deveria o tempo que ainda tenho. Ao mesmo tempo, sei que nunca é tarde, penso muito em terminar uma faculdade, acredito que um filho não é como um muro na vida de ninguém, vejo mais como um degrau, ou a escada toda, se assim for.

A coisa ruim disso tudo é a espera que não acaba nunca e ao mesmo tempo tudo passa tão rápido.
Tem muita coisa enroscada na minha cabeça. Meu humor muda a cada minuto, a insegurança bate e volta, como onda lambendo a areia da praia. Eu, ainda mais ansiosa do que nunca, me pego pensando no amanhã sem viver o hoje, atropelando sensações e mastigando cacos de incompreensão comigo mesma. E meu Deus, se depois disso tudo eu não tiver certeza de que me tornei uma completa mulher, não me chamo (chame de) CAMILA.


Um comentário:

Leco Vilela disse...

Este post me emocionou muito.