domingo, 13 de junho de 2010

Critica cretina!


Existe uma falsa impressão de controle, exercida deliberadamente. E há apenas duas escolhas, viver ou pensar em viver... Ilusão crespa, corta o coração em fatias finas. Desnuda a alma, corrói o ser.

Mas é o que se quer, sentir ou pensar, pensar em não sentir. Cada vez fica mais difícil e o grau de prazer aumenta de minuto em minuto. Rápido e sutil, quase não se toca, mas o que se sente cheira, escorre pelos olhos, cai sem penetrar.

Metade de tudo que se tem não é seu. Um punhado do que se quer não existe.

Mas o que pretende afinal? O doce da vida só vem depois do amargo na língua. Do cruel rancor de acordar desaproveitando o que se é dado.

Mandei recados ao cósmico e não sei porque é tão difícil o retorno. Por enquanto o que fica no fundo é só medo.Medo que fica preso, casca grossa difícil de rasar.

Em meio ao prazer do liquido e o trasgo da palavra há mais coisas do que se vê. O ser limitado se expressa por vias irrelevantes a mim.Importante mesmo seria se fosse do meu jeito, tudo dentro dessa coisa chamada ‘plano’. O que te sufoca também me mata... Quando esquenta acumula, numa das partes mais cheias do corpo. A soma é má. Densa. Coagulante.

Me chame de tola se prefere assim. Pois de repente seja esse o buraco que me engole cada vez que olho pro auto. Tolice por tolice é mais fácil mergulhar, atolar o que ainda está visível. Esconderijo de caranguejo em defesa. Abrigo secreto da doce carne branda que é branca e caçada.

Capa de osso, casa do fraco. Quando penso volto a anos atrás. O que seria? Regresso ilusório? Ou realidade fria e crua,

insossa!

Acho que sei...Defeito com nitidez. Não sai. É só mais uma parte do resto de tudo.

Nenhum comentário: